No começo da minha jornada no day trade, um dos maiores desafios que enfrentei foi lidar com o famoso gráfico de 5 minutos. Esse timeframe, embora popular entre muitos traders, me levava constantemente a fazer entradas erradas. Sempre que eu fazia uma compra, o mercado parecia virar contra mim. Cheguei a pensar que algo na corretora sabia das minhas ordens e as manipulava contra mim.
Com o tempo, percebi que meu problema não era a corretora, mas minha própria leitura dos gráficos. O preço não se movimenta de forma aleatória, mas segue padrões, se movendo em ondas. Foi aí que a teoria de Dow começou a fazer sentido para mim. Ao entender que o mercado se comporta em tendências e ciclos, minha abordagem mudou completamente.
Abandonei o gráfico de 5 minutos e passei a operar com base em timeframes maiores, começando pelo gráfico anual e reduzindo gradualmente até o gráfico de 1 minuto. Esse processo me ajudou a obter uma visão mais clara e objetiva do movimento do mercado. Além disso, comecei a usar os gatilhos certos para minhas entradas e saídas, o que me deu mais confiança nas minhas operações.
Outro ponto fundamental que adotei foi o uso das retrações e expansões de Fibonacci. Descobri que, quando o mercado está favorável ao apetite ao risco — geralmente em cenários onde os juros dão sinais de queda —, os investidores tendem a comprar mais ações. Nessas condições, observo o gráfico de 60 minutos e, quando aparece um gatilho comprador, espero uma pequena falha nos timeframes menores e então faço a entrada.
Em dias de medo e aversão ao risco, quando o mercado está mais inclinado à venda, faço o oposto. O segredo está em observar as ondas do mercado e usar as retrações de Fibonacci como alvos de operação.
Eliminar os vícios e simplificar minha abordagem ao mercado, focando em gatilhos em tempos gráficos maiores e entendendo os padrões de comportamento dos investidores, foi a chave para alcançar consistência no day trade. Com paciência e disciplina, esses elementos podem transformar suas operações diárias.